ontem ao chegar à creche da R. sou surpreendida com esta notícia:
um menino da sala dos mais crescidos foi internado com meningite bacteriana.
ficámos retidas no colégio à espera da delegada de saúde para que nos desse a receita do antibiótico (rifadin).
não fiquei histérica, mas fiquei muito preocupada com o coleguinha da R. (queira Deus que tudo corra pelo melhor).
telefonei à pediatra que me tranquilizou.
disse-me para estar atenta a sinais alarmantes.
de todos só retive um: prostração
como sempre fomos para casa.
mal a coloquei na sua cadeira no carro, adormeceu.
chegadas à nossa rua dirigimo-nos à farmácia, e aqui ía tendo um colapso.
o normal é a R. espevitar logo que a tiro do carro (na maioria dos dias o que eu não dava pelo prolongamento da sesta).
não.
a criança não reagia a nada, de olhos abertos e cabeça à banda!
revirava os olhos e tombava a cabeça.
eu a começar a ficar enervada.
a senhora da farmácia (onde não havia o remédio!!!!) a olhar com um ar de coitadinha, ai veja lá, oh meu deus.
chego ao carro sento-a e nada.
olhava para mim, PROSTRADA!
abanei-a, amachuquei-lhe as bochechas com toda a força (aplicada a um bébé, claro), puxei-lhe os braços...
PÂNICO!
(como ela a dormir transpira muito a dormir na cadeirinha, nem me vou lembrar que estava a ferver).
PÂNICO!
(e eu que não comia nada há horas, o que no meu caso nunca é boa ideia, e a cada ataque de hipoglicémia é que eu me lembro deste meu velho problema, começo a tremer, a tremer)
de lágrimas nos olhos lá telefono à pediatra, que me relembra o óbvio:
- a R. está exausta, está com os horários trocados, veio de um fuso horário de menos 5 horas, primeiro dia de creche depois das férias...
mas isso eu nem me lembrei, afinal estamos a falar de meningite, é muito grave.
menos tranquila fui a outra farmácia (que também não tinha o remédio) e depois para casa, onde a R. terminou a sesta e acordou toda satisfeita.
foi o pai quem finalmente conseguiu encontrar uma farmácia que tinha o antibiótico.
(muita sorte: adora o sabor do remédio)
a creche não fechou.
hoje já voltou a ir.
estou absolutamente tranquila.
e desejosa de boas notícias do menino infectado.